Exportações trazem força para o milho, Chicago vira no fim do pregão e fecha 3ª feira com altas 2c1h31

Publicado em 10/06/2025 16:10 e atualizado em 10/06/2025 16:48
B3 contabilizou poucas movimentações com mercado olhando a colheita

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A terça-feira (10) chega ao final com os preços internacionais do milho futuro registrando leves movimentações positivas na Bolsa de Chicago (CBOT). 

Durante a maior parte do dia, as cotações recuaram com o fator negativo vindo das atualizações sobre a safra dos Estados Unidos divulgadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) no final da última segunda-feira (9). 

De acordo com o Departamento, 71% das lavouras norte-americanas estavam em boas ou excelentes condições, acima dos 69% da semana anterior e a frente dos 70% estimados pelo mercado. Além disso, 87% das áreas já emergiram, com uma safra mais adiantada do que os 83% do mesmo período de 2024. 

Porém, o milho norte-americano voltou a ficar competitivo nas exportações, o que trouxe novas vendas. Conforme apontado pelos analistas da Agrinvest, com isso, os vencimentos mais curtos ganharam e, especialmente em períodos de enfraquecimento do dólar, que torna o grão americano mais competitivo. 

A consultoria também destaca que, incertezas em relação ao tamanho da safra de milho da China e perspectivas de redução na produtividade do milho na safra 25/26 dos EUA no próximo relatóiro do USDA também geraram e adicional. 

O vencimento julho/25 foi cotado à US$ 4,38 com valorização de 5,25 pontos, o setembro/25 valeu US$ 4,25 com alta de 3,25 pontos, o dezembro/25 foi negociado por US$ 4,40 com ganho de 2 pontos e o março/25 teve valor de US$ 4,55 com elevação de 1,75 pontos. 

Esses índices representaram ganhos, com relação ao fechamento da última segunda-feira (9), de 1,21% para o julho/25, de 0,77% para o setembro/25, de 0,46% para o dezembro/25 e de 0,39% para o março/26. 

Mercado Brasileiro  1c1p71

A terça-feira foi poucas movimentações para os preços futuros do milho na Bolsa Brasileira (B3). 

A análise da Agrinvest aponta que, com um dólar praticamente estável, os contratos do milho na B3 se mexeram pouco neste pregão. O mercado também olha para a colheita da segunda safra do país, que avança, mas ainda de maneira tímida. 

Conforme os últimos dados da Conab, 2% da safra havia sido colhida até o último domingo, o que fica atrás dos 7,5% registrados no mesmo período do ano ado e dos 4% da média dos últimos cinco anos. O levantamento ainda destaca que as primeiras áreas colhidas no Mato Grosso estão apresentando rendimentos acima das estimativas iniciais. 

No Paraná, o Deral estimou a colheita em 3% do total cultivado, com as chuvas dos últimos dias obrigando os produtores a paralisarem as atividades de campo. Até o momento, 67% das lavouras são classificadas como em boas condições e o clima tem favorecido o enchimento de grãos. 

Essa chegada de novas ofertas pressiona os preços e impacta também na comercialização dos produtores. Em Rondônia, por exemplo, os atuais patamares de preços deixam as contas no vermelho para a safrinha 2025. 

No Mato Grosso, o Imea atualizou seus dados de comercialização com um avanço de 7,35 pontos percentuais nas vendas do milho 2024/25 ao longo de maio, abrindo o mês de junho com 51,05% da safra já comprometida. 

“Esse percentual só não foi maior devido à redução do preço médio no último mês, que ficou em R$ 44,43/sc, com queda de 6,88% em relação a abril”, aponta a publicação.   

O Presidente do Sindicato Rural de Nova Ubiratã/MT, Melquíades de Bastiani, destaca que houve oportunidades para venda do milho acima de R$ 50,00 há cerca de três meses, mas agora as cotações giram entre R$ 38,00 e R$ 40,00 com a colheita da segunda safra começando na região. 

O vencimento julho/25 foi cotado à R$ 64,30 com alta de 0,16%, o setembro/25 valeu R$ 65,39 com elevação de 0,55%, o novembro/25 foi negociado por R$ 68,36 com ganho de 0,29% e o janeiro/26 teve valor de R$ 72,00 com queda de 0,14%. 

No mercado físico brasileiro, o preço da saca de milho teve mais perdas do que ganhos neste segundo dia da semana. O levantamento realizado pela equipe do Notícias Agrícolas identificou valorizações em Campinas/SP e Porto de Santos/SP, e percebeu desvalorizações em Sorriso/MT, Jataí/GO, Rio Verde/GO e Cândido Mota/SP. 

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Por:
Guilherme Dorigatti
Fonte:
Notícias Agrícolas

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